domingo, 28 de fevereiro de 2010

She could be - could be, could be, could be - the girl of my fucking dreams


Do you know what loving a city is really like?

It's like loving someone you can't hold. It's like walking around your lover's body. It's like being inside the one you love. It's like leaving and coming back with a strange certainty in your heart.
I never knew what really loving a city was like 'till I could get a glimpse of it. Miles away from the ground, faster than the fastest man alive, I saw it for the first time. I had a song in my ears, wich mixed in such a way with the moment that I could tell I was in complete silence. I never believed in love at first sight. I never really thought this possibility laid before me until I met it. There it was, invaded by a bright and intense sunlight. It was like if I was meeting a great piece of my future. It was like watching a part of my life, my future life, gaining a scenario. I never thought that a city could take place in my heart like it did. I never thought I would feel home in a place that wasn't actually home. I felt that my soul was in the right place, with the same vibrations that go on inside of me. I felt in love. It's more than passion. It's a feeling of free possession. It's like knowing it's only yours at the same time that it belongs to millions of other people. No jealousy, no anger, but a lot of missing. A lot of dreaming and fantasizing about the day I'll be able to come back, to feel it's air blowing gently in my face, showing that I'm surely loved back. That's what's beautiful about it, it always loves you back. It's the capital of the possibilities, where you feel that everything - I said everything - is possible. I'll never forget it or what it brought to me. I'll always carry with me the will to see it again, to feel I'm a part of it again.

I know you'll think I'm crazy, but... New York, I love you!

I'll tell you in another life, when we are both cats

Para ler escutando:



Eu poderia dizer
Mas eu não digo
Sobre o mistério atrás de tudo isso
Sobre o segredo, meu amor, que eu guardo
E que você vai ter que descobrir

Eu me denuncio mais pelo que eu não digo do que pelo eu digo. Pelo que deixo subentendido, pelo que jogo no ar, pelo que sopro enviesado, pelo que confesso com o olhar. E eu poderia mesmo dizer, mas eu não digo. Eu prefiro me jogar na possibilidade de não pegarem meu tom, meu som, meu jeito. Arriscar nas palavras tão figuradas que, de tão secretas, acabam mesmo desfiguradas. Eu aposto na linguagem do meu coração e na baita força que ele tem de se manifestar e se aliviar, mesmo que ninguém o tenha entendido. Porque o objetivo é esse, mesmo: ficar desentendido. Que assim, quando quem interessa vier busca o seu sentido, ele pode encontrar aquela batida forte que é o que todo coração busca. Quero dizer, que outro motivo ele teria pra nos levar pra caminhos tão tortuosos se não pelas emoções que eles nos trazem? Seria essa a solução pro meu próprio coração se eu fosse sua partidária. Mas naquela eterna guerra entre ele e o cérebro, sempre ganha o senhor da razão. Desespero bate e então chegamos aí, nessa confusão mental. Coração é aquele filho birrento que chora demais, não manda nada, mas acaba tendo a vontade feita porque... sei lá por quê. Mas eu sei das polissemias, das metáforas, dos eufemismos, das ironias, das hipérboles e das "n" figuras de linguagem pelas quais, somente pelas quais, eu pareço conseguir me comunicar.

O nome do mistério, o nome disso
Que foi por mim aqui silencifrado
E volta ao lar querendo ir
Eu poderia dizer
Mas eu não digo

Não, não digo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Whatever malady hides behind that mask, it's temporary.



Para ler ouvindo:



A gente pode ser vários em um só. Duas caras? Não sou. Sou é trezentas, quatrocentas, quem dirá que sou menos? Sou uma pra cada um, qualquer uma, a uma, alguma, o que for. Eu sou o que as pessoas querem pensar de mim. Na verdade, somos, ao mundo exterior, exatamente isso: o que pensam de nós. O que ninguém sabe, geralmente, é o que pensamos de nós mesmos. É o que somos naquele espaço da alma que ninguém vê. Aquela batida apertada do coração pessoa alguma, além de nós mesmos, pode sentir. O arrepio que vem de uma sensação inacreditável, o que parece ser um choque no cérebro, aquele ardido que dá no nariz quando vamos começar a chorar e os músculos faciais tesos de tentar impedir. O sorriso imaginado, aquele que faz os mínimos cantinhos da boca levemente se moverem pra cima, aquele calorzinho de amor, aquele frio de solidão, aquele medo de qualquer coisa. Por vezes eu me sinto só por ser a única que sabe o que realmente se passa em mim, mas na maioria das vezes eu gosto de tratar como o meu maior e melhor segredo. E é meu trunfo. Posso sentir/pensar/amar/odiar/temer/querer/desejar/ansiar/recusar, dentro de mim, o que eu quiser. Posso ser a pessoa que eu bem desejar. Mas, em meu estado natural, eu sou assim: um passeio de bicicleta numa Paris em primavera, uma Passing Afternoon de Iron & Wine cantada baixinho no entardecer na praia, o banho quente na madrugada, o silêncio dos primeiros minutos do nascer do sol. Ninguém sabe, ninguém sabe MESMO, mas eu sou completamente serena por dentro. Quem me olha não diz, quem me ouve todo dia desacredita, mas é. E é segredo meu, mesmo que contado.

Shhhh!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"The little things... there's nothing bigger, is there?"

Para ler escutando: (ao fim da página, para não estragar a diagramação! ;D)

Vanilla Sky. Ou Vanille Sky, se todas as variações possíveis de "Vanilla Sky" estiverem ocupadas. Foi o nome que eu escolhi pra esse meu "caderno". Aí volta e meia alguém me pergunta: "mas por que Vanilla Sky"? Pois bem, senta aí que eu vou explicar.

O "meu" Vanilla Sky veio do filme homônimo de 2001, sendo mais especificamente o remake de outro filme, só que este espanhol, chamado "Abra los Ojos", de 1997. Eu explicaria esse filme pra você, mas minha intenção não é nem fazer um review sobre ele e nem estragá-lo na sua mente. "Mas como estragar só contando?". Pois bem, é fácil. Este é um filme extremamente abstrato e variável. São várias histórias dentro de uma e qual será a versão que você vai assistir só depende de você e das suas próprias experiências. Se eu conto o filme, já estou te passando o que EU entendi dele e isso provavelmente vai arruinar sua mente pra procurar um sentido que te caiba. É um filme complexo e, pra quem não presta atenção, "um tanto quanto viajão". Mas o especial pra mim tá nos detalhes. Nas músicas cuidadosamente escolhidas, nos diálogos insanos e muito interessantes, em cenas meticulosamente bem construídas e um enredo que te deixa pensando por semanas. Vanilla Sky, no que tange às suas "tecnicidades", é exatamente como eu vejo a vida. Capturando detalhes e fazendo deles um todo. Como o próprio David (personagem de Tom Cruise) fala: "the little things... there's nothing bigger, is there?". É isso. There's nothing bigger. Assim como os detalhes escolhidos pelo diretor ( Cameron Crowe, que é também o roteirista, portanto, o cabeça desta produção), conhecido pelo tratamento especial que dá à trilha sonora em seus filmes. Eu sinto uma proximidade com isso, já que na minha vida os detalhes ganham "quês" de elementos principais, sem os quais eu realmente não consigo viver direito. E tudo em mim guarda uma referência. Um filme, uma música, um poema. Tô sempre aplicando trechos em meus diálogos. Trechos esses que, por sinal, 99% das vezes passam despercebidos. Talvez ninguém tenha notado detalhes no perfil ou na imagem que estampa o "journal", mas todos eles guardam seu segredos. Viver é uma experiência sensorial, acima de tudo. E, mesmo que sentir demais tenha seus riscos... I'm up to it. ;)

Vanilla Sky - Paul McCartney



Me Revelar - Zélia Duncan




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sweet and Sour

Enfim, finalmente, isso aí, tá aberto este meu blog. Faz tempo que tá na cabeça, na vontade de falar, de pensar, de manifestar (e faz tempo que tá esperando eu criar um design meia-boca, já que o criei ano passado).

Já comprei cadernos (meu vício, aliás) pra rabiscar e acalmar a "vontadinha" mas... é, não funcionou. Não tenho a pretensão de fazê-lo crescer, o único desejo é sentir a mente calma, já que a minha geralmente é um turbilhão.

Pensamentos, twits, TV, música, poesia, uma brisa. Tudo pode ser motivo pra desencadear um texto. Vou mais chamar de journal que de blog, porque blog... até a Luciana da novela tem, tá comum, já! hahahaha

Então... simbóra lá. :)