domingo, 15 de agosto de 2010

It was Sofia who never fully recovered.And like u,she never forgot that 1 night where true love seemed possible

Eu nunca sei para onde fugir quando esse sentimento me invade. Na maior parte do tempo sinto como se eu vivesse para contê-lo, para fingir que ele não está lá, para forçá-lo a voltar para o lugar ao qual ele pertence: the back of my memories. Mas tem aqueles momentos, em maioria aqueles nos quais estou revirando os destroços, em que não consigo segurar. Usando de uma metáfora bem conveniente, é como uma barragem tendo seus limites de capacidade ultrapassados. Então abrem-se as comportas e há uma violenta invasão, destruindo tudo pelo que passa. O que foi lentamente construído a fim de que ela não mais retornasse se torna "effortless dust" diante de tanta violência. É assim que eu me sinto, "effortless". E também "helpless". Talvez mais alguns "less" que não verdadeiramente me acometem agora. Pensar que eu também já não sou a mesma pessoa também me perturba um pouco. E a plena consciência durante todo esse tempo... simplesmente me arrasa. It crushes me. Me joga contra as paredes esmagando meus ossos, o que eu deveria ter de mais forte. Forte. Eu nunca consigo ser forte nessas horas. É como se eu fosse uma massa amorfa, jogada ao léu, ao que estiver ali pra me moldar ou me atingir. There's no filter.

Quisera eu conseguir explicar como tudo isso é sentido. A intensidade, a força, a plenitude e, novamente, a violência. Violência, violência, violência. Essa palavra não será repetida vezes o suficiente de maneira a satisfatoriamente explanar a força que isso tem. E as músicas? Proibidas, totalmente. Isso se eu quiser manter um pouco de sanidade, de normalidade, de tranqüilidade. Essas palavras sempre entram num grupo. "Less", "ade". Essas notas eletrizam meu cérebro que sofre com tantos choques. Sabe como? Quando uma coisa te atinge com tanta repentina força que chega a dar um choque estranho na sua cabeça? Avalanche. I remember it all. Me levam de volta e, de repente, "it's that time of the year". Aquele frio de ventos gelados e um sol maravilhoso no céu. O sol batendo naquele específico ponto do quarto. Os pensamentos. "Oh, it's that time of the year", sempre fazendo aniversário. E nada nunca se equipara. Ninguém se equipara. A intensidade não se aproxima, a sinceridade resta intocável. Is that even possible? Aliás, existe esse sentimento? Ou sou só eu com esse fantasma que, a cada ano que se passa, sussura maliciosamente no fundo da minha mente "não foi como eu fui, não é?". Realmente, não foi. E eu continuo esperando que seja, doing my best. SEMPRE dando meu melhor, but it's never enough. Ça ne suffit pas. O clima é sempre igual, o céu é sempre igual, a posição do sol é sempre igual, mas as pessoas não. As circunstâncias não. O ano não. Eu não. Eu nunca mais terei aquela idade e isso nunca realmente me incomodou até o dia em que parei pra pensar que, meu Deus, já faz anos. E só se distancia. E só se torna mais difícil. Que época superará? Que época me salvará disso tudo? Será ela também un autre fantôme? Fantôme. Toujours derrière moi, en se cachant, en se riant de moi et de mes silly, silly pensées. Toujours. E a mais dolorosa dor foi sempre saber, sempre ter a vívida consciência de que era um "ticking clock", que era só uma questão de tempo para que tudo, quase tudo fosse arrancado de mim, quase como me enxotando com uma mão e com a outra segurando tudo que já tive e dizendo "soit disparue, move on, vá prosseguir com a sua vida!". Herz voll von Zweifeln. Eu lembro de cada sensação e de tantos pensamentos... lembro de muitas vezes ter silenciosamente observado meus amigos que não se davam conta do que estava passando por eles. Na velocidade da luz. Lembro do quanto lhes pareceu ridícula a ideia de eu passar pela última vez pela catraca como se fosse um rito. Uma despedida. A consciência de que era pra nunca mais voltar. Que dali pra frente, never again, nunca seria o mesmo. Eu não tenho essa esperança boba de viver algo igual algum dia na minha vida. Os primeiros amigos de verdade, o primeiro amor, sem preocupações, sem ter que pensar no futuro, nada além de tardes calmas e cheias de risadas e conversas sobre assuntos que, na época, pareciam os mais importantes do mundo. As primeiras experiências de muitas coisas, aquelas que a gente vive sem o pé atrás das decepções. A maneira mais pura e livre de se vivenciar uma coisa é vivê-la pela 1a vez. Não há passado que te segure e que te impeça de simplesmente se jogar por inteiro. It haunts me from times to times. Está nas músicas, ao meu redor, nas fotos, nas conversas com os amigos que ainda mantenho, mas o pior de tudo: está nas minhas memórias. As mais vívidas possíveis.

E o pior acaba sendo que... eu era feliz. E sabia.

Um comentário:

  1. mas ainda temos muito tempo querida.. e tantas infinitas primeiras vezes

    beijos, lindo texto

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